Alessandro Rissi

Cargo:

Auditor-Fiscal

Concurso:

ISS-SP

Posição

Meu nome é Alessandro, minha trajetória nos concursos começou em 2010, em janeiro daquele ano, logo após uma demissão inesperada numa empresa privada. Eu tinha 31 anos de idade.

Como todo iniciante daquela época, passei por péssimos materiais (apostilas) e naveguei por muito tempo à deriva, por puro desconhecimento, é natural.  Matriculei-me num cursinho telepresencial, no qual as aulas eram de segunda a segunda, o ano todo, de janeiro a dezembro de 2010.

O curso era para o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil. Assim como todo estudante que se envereda pela área fiscal o faz, eu só conhecia esse cargo.

SEFAZ-RJ/2011 foi meu primeiro concurso fiscal, saí da prova com uma única certeza: “jamais serei aprovado!” tamanho foi o tombo…

O tempo foi passando, fui ajustando meus estudos, acumulando conhecimento, selecionando melhor os materiais, e mesmo assim acumulando reprovações seguidas. Mas com um certo aclive na curva de desempenho (também é natural).

Em 2013 e 2014, bati na trave em vários concursos fiscais de alto nível, como Receita Federal/2014(Auditor), SEFAZ-SP/2013, SEFAZ-PA/2013 (Auditor), ISS-Rio Preto/2014 (Auditor). Fiquei por uma ou duas questões nesses aí. É duro, mas é a vida! Agora eu tinha outra certeza: jamais desistirei, leve o tempo que levar!

Até que em 2017 fui aprovado no ISS-Bauru (Auditor), cargo que ocupo atualmente. Depois de entrar em exercício, após um período sem estudar com afinco (é natural tirar o “pé” do acelerador quando você passa), voltei aos estudos para o ISS-Guarulhos/2019, fiz 90,7% (mais ou menos) da prova, mas não fui nomeado. Também em 2019 fiz, novamente, o ISS-Rio Preto. Na objetiva eu estava nas vagas, mas na discursiva eu saí delas e não fui nomeado. Foi a segunda vez que isso aconteceu e no mesmo concurso do ISS-Rio Preto, só que na primeira vez foi em 2014. Eu penava: “meu Deus, não é possível, trave de novo?!”. Bati a poeira, reergui-me e continuei com tudo… uma hora tem que dar…
 
Depois fiz ISS-BH/2022 (pela segunda vez. Havia prestado já em 2012), foram 140 candidatos para a discursiva (segunda fase), fiquei em 141º (empatado com outros candidatos). Faz parte do trajeto…

Em seguida, fiz SEFAZ-MG/2022, estou no cadastro de reserva nesse, com expectativa de possível nomeação no decorrer do prazo de 4 anos.
Eu conheci a Guruja na segunda fase desse último concurso, nas discursivas. Um colega auditor me disse: “tá todo mundo fazendo, os caras tão aprovando muito. Vamos fazer, senão a gente já tá atrás da concorrência.”

Eu sempre gostei de planejar meus estudos, então fiquei bem receoso, pois nunca havia feito coach ou mentoria e já estava esbarrando na trave dos maiores fiscos há tempos, seria só ajustar para a “bola entrar no gol”. Mas decidi assinar o plano para ver qual era.

Minha opinião: eu gostei bastante do método deles, pois era muito parecido com o que eu já fazia: questões de tópicos pontuais por cadernos do TEC, bizus objetivos e sucintos, leis e CPCs bizurados (isso eu não fazia) e leis secas com artigos indicados por relevância de cobrança daquela banca. Eu já fazia desse jeito, porém a grande diferença agora é que alguém faria isso por mim e com todo capricho que eu exigia. Logo, eu não precisaria perder um tempo absurdo para preparar todo o material, era só sentar na cadeira e estudar com tudo, usar 100% do meu (escasso) tempo para atacar meu edital.

Finalmente, no ISS-SP/2023, na segunda tentativa (tinha prestado já em 2012), fui aprovado nas vagas! Eu precisaria criar palavras em um novo dicionário para descrever minha alegria! Você ver seu nome no diário oficial é indescritível!!

Também usei a Guruja no pós-edital de SP. Edital veio imenso! Eu não teria tempo para construir sozinho todo o material para chegar competitivo, pois não tinha mais férias para tirar. Então deleguei essa tarefa do meu planejamento para eles, pois já confiava no cuidado na escolha das questões, investigação estatística do que é mais cobrado, além dos bizus e e-books de jurisprudências cirurgicamente selecionados. Também já havia nessa época um ranking na nova plataforma deles. Excelente ferramenta para comparar seu desempenho com o dos seus concorrentes. Afinal, a grande massa tava fazendo as mesmas questões que você.

Claro, você consegue chegar sozinho, você também passa sem ajuda, não é imprescindível fazer uma mentoria, mas você terá que gastar boa parte do seu tempo (grande parte mesmo!) com planejamento e ajustes no caminho. Além de você precisar ter uma excelente autoanálise crítica dos pontos fortes e fracos. Por isso, se puder cruzar essa estrada com a ajuda de um profissional gabaritado, recomendo fortemente: faça-o, isso vai encurtar seu caminho!

Resumo de tudo: tive mais de 20 reprovações na área fiscal (calculo umas 25 ou mais, já perdi as contas), e, entre pausas e retomadas dos estudos, foram mais de 14 anos de minha vida estudando. Eu faria tudo de novo, só que com menos reclamação desta vez, pois vale muito, muito, a pena! Abre-se mão de muita coisa, mas esse é o preço. Palavras do mestre Willian Douglas: “só 3 pessoas não passam em concurso: quem desiste; quem morre antes e quem não faz ajustes no caminho”.

Para finalizar, gostaria de dar minha opinião sobre materiais e fórmulas mágicas para ser aprovado mais rápido: não existem! Você terá que passar pelo processo natural de maturação. O que existe são excelentes materiais e ferramentas para sua preparação e profissionais que podem te ajudar até ficar pronto, mas o principal é ter muita disciplina. Só isso vai te deixar pronto para o combate cada vez mais acirrado. O mais importante é estudar com compromisso. Quantas horas líquidas por dia? O máximo que conseguir!

Sou um concurseiro de perfil comum, não sou gênio, não sou especial, o que me fez ser aprovado foi a dedicação, o compromisso. Não é preciso estudar por 14 anos como fiz, dei azar por entressafras de bons concursos e, também, por, no dia “D”, eu ter perdido aquela questão por isso ou aquilo…acontece, em todo concurso vai ter alguém que fica por uma. Concurso é fila, de fato, mas sempre tem aquele candidato que consegue atalhar caminho, que faz a diferença, que faz o que os outros não fazem. E ainda há os “outliers”, mas esses são poucos. A grande massa é gente comum, que vai passar com 2 anos ou com 15 anos de estudo, não importa, se você almeja o cargo dos seus sonhos, tenha compromisso, dedique-se ao máximo!

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