Mariana Oliveira

Cargo:

Fiscal de Rendas

Concurso:

ISS-RJ

Posição

7º (cotas raciais)

Oi galera!! Eu sou a Mariana, 33 anos, sou carioca formada em Contabilidade pela Mackenzie Rio. Desde que terminei a faculdade já tinha o sonho de ser auditora da RFB (como todo mundo que inicia nessa vida rs). Porém, a vida de jovem recém-formada foi adiando esses planos e somente em jan/2018 iniciei meus estudos. Sempre fiz consultoria, pois sempre conciliei trabalho e estudos. Mas já posso falar de um dos meus erros aqui: tentar fazer tudo ao mesmo tempo. Eu queria estudar, trabalhar e ter lazer todo fim de semana. Não fazia ideia de onde estava me metendo.

Levei assim por 2 anos, e então veio a pandemia. Eu achei que tudo fosse acabar. Mas o meu orientador me falou: veja por um outro lado, aproveite a janela de oportunidade. Então eu comecei a estudar mais sério, comecei a priorizar mais os estudos, a ser mais “especialista” na hora de estudar… A consultoria te ajuda, mas não te aprova sozinha. É fundamental que você esteja comprometido com seus planos, e, nesse caso, foi então que eu percebi o quanto ia precisar me comprometer de verdade. E em Ago/2021 veio minha primeira prova: a SEFAZ/ES. Ali, eu confirmei o que, no fundo, já sabia: que o buraco era mais embaixo e eu tinha que melhorar muito a minha qualidade de estudos.  Eu fui para a prova bem animada, morrendo de medo da discursiva. Eu fui reprovada na objetiva, mesmo sabendo muito bem a discursiva. Rs

Recomecei os estudos e em Abr/22 veio a SEFAZ/SE, junto com ela veio o meu primeiro pós edital na Guruja. Nessa prova, eu vi que era possível chegar lá diante da minha nítida evolução. A Guruja realmente me levou para o “próximo level”. Na SEFAZ/SE eu fui reprovada por 2 pontos na objetiva, mesmo sabendo muito bem a discursiva (de novo!). Eu considero, que, depois dessa prova, eu me tornei concurseira profissional porque eu vi que cheguei muito perto, e isso, sem dúvidas, dá um gás danado pra continuar. E lá vamos nós começar tudo de novo… 

Em Jun/22 veio o pós edital eterno da SEF/MG e junto com ele estava de volta a FGV (#medo).  Fiz um bom pós edital, mas nesse considero que eu não era madura na estratégia de prova. Eu sabia muita coisa, mas não sabia priorizar as matérias, os assuntos… Apesar dos infinitos conselhos do meu orientador, eu sempre travava na hora da execução. E além disso, sempre fui muito ruim em exatas; eu não tive uma boa base, e também tenho bloqueio com todas elas (com exceção do RLM). Em MG, eu estudei muito todas as matérias, mas faltou esse foco na estratégia de prova. Fiquei numa posição pra lá de 1200 na 1° fase. No pós prova da Guruja (melhor pós prova da face da terra!), eu fiquei sabendo da prova da CGM/RJ. Conversei com o meu orientador, e ele disse: esquece MG, e foca na CGM/RJ! Eu precisava de alguma coisa nas mãos. Aqui, em Abr/23, eu já estava no 6° ano de estudos sem nenhuma aprovação relevante. Eu precisava tirar esse piano das costas, mesmo que fosse um concurso “menor”. Na mesma semana, já virei a chave pra CGM: FGV (ótimo porque já estava no ritmo) + matérias de controle valendo muitos pontos. Nessa prova, eu tive estratégia (finalmente kkk). Foquei no que valia mais (CONT + AFO + CASP + AUDGOV). A prova de Português veio macia, exatas eu não estudei direito, DCONST e DADM eu já tinha um certo domínio. E daí, enfim: fui aprovada dentro das vagas. Um alívio pro meu coração: minha 1° aprovação. 

No dia seguinte da prova da CGM eu virei a chave pro ISS/RJ com um mega incentivo e orgulho do meu orientador de sempre: o Eduardo Frambach. Ele finalmente tinha conseguido enfiar na minha cabeça que eu não precisava saber tudo, precisava ter estratégia. Por incrível que pareça, o pós edital do ISS/RJ foi o mais “tranquilo” que eu fiz. Eu acredito que a aprovação da CGM/RJ tenha realmente tirado um peso enorme das minhas costas… Não foi um pós fácil, como nenhum dos outros (a vida não pára pra gente estudar), mas eu estava bem comigo mesma, com aquela sensação que eu estava dando o meu melhor, dentro das minhas possibilidades, e que, no ruim de tudo, eu tinha a CGM (um bom cargo, em casa rs) Eu tô falando isso, porque por mais que a gente faça o nosso melhor, nada é certo. Eu acho que também existe um fator “sorte” no meio disso tudo. A prova tem que vir pra você. 

Na minha preparação pro RJ, eu dei tudo de mim sem surtar. Em MG, por exemplo, eu tive minha urticária nervosa umas 5 vezes durante o pós. No RJ, eu não tive nada.. Só depois aguardando o resultado msm, aí veio tudo com força (urticária + disidrose, tudo emocional). Nesse pós, a minha família demandava bastante de mim também, e como eu disse antes, a vida não para né. Então, eu acordava às 3:30 da manhã e esticava o quanto dava no dia. Geralmente, até umas 13h. Depois disso, trabalho, família e cama. E tudo de novo nos outros dias. Aos fins de semana, eu tentava fazer a mesma coisa, mas aos Domingos (na grande maioria deles) eu conseguia ter o dia inteiro pros estudos. Então eu acordava às 5 e esticava o máximo que eu podia (normalmente até às 15h), almoçava, descansava até às 17h, e pegava alguma coisa leve pra finalizar o Domingo (questões de LTM, PAT, SN ou DTRIB ou às vezes até aula da Academia da Tributação ou do próprio Dudi do projeto LTM na prática). 

Falando em LTM na prática, os bizus e as aulas da Guruja foram matadoras. A plataforma deu um “boom” na minha preparação. Eu só sentava e estudava o que tava ali. Segui 110% o planejamento da Guruja. 

No dia anterior à prova, assisti um pouco da revisão de véspera, mas não aguentava mais. Fiquei com medo de chegar ruim pra prova, e aí passei a tarde com a minha mãe tomando cafezinho e batendo papo. Não tinha mais o que aprender. Tava tudo feito. E era isso.

A prova da manhã foi destruidora. Eu nunca tive problema com tempo de prova, e tive a primeira vez aqui. Tive que chutar mais de 10 questões (entre exatas e TI) por falta de tempo. Saí derrotada. Pensei: pronto, e agora, amanhã eu vou estudar pra que?! Mas, ainda tinha a prova da tarde né.. kkk. Na prova da tarde, eu me senti em casa.. Ali sim, eu vi que eu tinha estudado certo. Cheguei no pós prova (aquele mesmo, o melhor da face da terra), e falei pro Dudi: Cara, se PORT me salvar na P1, eu vou ficar muito feliz porque eu fiz uma boa P2. 

E foi o que aconteceu rs. Que ironia né? A pior matéria da FGV salvou a minha aprovação: Português. Consegui minha primeira aprovação na área fiscal em casa e estou imensamente feliz. Aposento aqui minhas canetas concursísticas no meu concurso dos sonhos (depois daquela onda de RFB). 

Agradeço à Deus, minha família e amigos, os quais foram extremamente pacientes comigo. Concurseiro é um bicho chato, e quanto mais chega perto da aprovação, mais obsessivo por ela você fica, e eu ouso dizer que, é nesse momento que você tá preparado pra passar: quando se torna uma obsessão. Você dorme e acorda pensando naquilo. Até que um dia, chega sua vez.

Agradeço também à um grande amigo que fiz nessa caminhada: O Eduardo Frambach. Foi meu companheiro desde o início de tudo, e hoje me aposenta no fisco dele. Além de amigos de vida seremos, agora, colegas de trabalho. 

Estou MUITO feliz, e galera: Não desistam. A vitória demora, mas vem! 

Um grande abraço à todos!

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